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12 Mai 2022

 

Na manhã de ontem, 11-05-2022, após a Audiência geral no Vaticano, o Papa Francisco cumprimentou a Sra. Kim Phuc, protagonista da famosa foto que a retrata quando criança no Vietnã fugindo nua durante intenso bombardeio com bombas de napalm. O fotógrafo que tirou a foto, Nick Ut, também estava presente.

 

A entrevista é de Pierluigi Panza, publicada por Corriere della Sera e reproduzida por Il Sismografo, 11-05-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Kim Phuc, a "Napalm girl" que tinha 9 anos na época, e o fotógrafo Nick Ut, que ganhou o Pulitzer, na inauguração da exposição "From Hell to Hollywood" no Palazzo Lombardia: eles recordaram aquela manhã de 8 de junho de 1972.

 

Cinquenta anos depois da famosa foto-símbolo da Guerra do Vietnã, aquela tirada por Nick Ut que retrata uma menina nua, chamada Kim Phuc, que foge chorando das bombas de napalm, a “Napalm girl” e o fotógrafo estão em Milão para inaugurar a exposição “From Hell to Hollywood” na sexta-feira à noite. A exposição fotográfica, com curadoria de La Thi Than Thao e Sergio Mandelli no Palazzo Lombardia até 31 de maio, percorre toda a carreira do fotojornalista de Nick Ut cinquenta anos depois da foto que lhe rendeu o Prêmio Pulitzer em 1973.

 

A foto foi tirada na manhã de 8 de junho de 1972. Havia sido noticiado que haveria um bombardeio no vilarejo de Trang Bang, no Vietnã do Sul, ocupado pelos norte-vietnamitas. Naquela manhã havia vários operadores fotográficos no local e muitas fotos foram tiradas. As bombas foram lançadas por alguns Douglas Skyraiders em uso pela força aérea sul-vietnamita. Em algumas fotos também pode se ver a avó de Kim Phuc segurando em seus braços o neto já morto.

 

Kim Phuc passou por 17 operações e viveu primeiro em Cuba, depois no Vietnã e no Canadá.

 

Ut mora em Los Angeles, trabalhou para Hollywood e continua na profissão. A partir da foto, em 2004 o artista de rua Banksy criou um famoso mural irônico.

 

Papa Francisco recebe a foto de Nick Ut (Foto: Vatican Media)

 

Kim Phuc: “Eu, testemunha contra a guerra”

 

“Era 8 de junho de 1972 e eu era uma menina de nove anos. Eu estava jogando e os soldados do Vietnã do Sul vieram nos dizer para irmos embora porque estavam bombardeando.” Assim começou a memória de Kim Phuc. "Nós corremos para a rua e logo depois as bombas explodiram: eu sou apenas uma das milhões de crianças que sofreram com a guerra."

 

Eis a entrevista.

 

Quem são as outras crianças na foto?

 

São parentes: os dois garotos da esquerda são meus irmãos e os outros dois meninos são meus primos. Meu irmão morreu em 2004; os outros estão todos vivos.

 

O que aconteceu então?

 

Nick Ut me levou para o hospital. Passei 14 meses no hospital e passei por 17 operações, a mais recente em 1984 na Alemanha. Vi a foto pela primeira vez depois de 14 meses no hospital, meu pai a mostrou para mim, recortada de um jornal. Eu não queria vê-la. Até 1975 houve uma guerra e ficamos sem nada. Nós, no Sul, pensamos que depois da guerra voltaríamos a ser felizes. Mas depois o Khmer chegou e a vida ficou terrível.

 

O que fez em seguida?

 

No ano seguinte, sai do Vietnã para Cuba. Durante meu tempo no hospital, os médicos me inspiraram muito e pensei que queria ser como eles. Em 1982 fui admitida no curso de medicina, mas naquele momento o governo vietnamita me notou. Eles decidiram que eu deveria me tornar o símbolo da Guerra do Vietnã justamente por causa dessa famosa foto. E assim eles me tiraram da escola. Senti-me vítima pela segunda vez: tornei-me testemunha.

 

Vamos em frente.

 

Então encontrei a fé no cristianismo e isso me ajuda. Acho que foi graças a Deus se estamos vivos. A dor física e as marcas, ainda carrego na pele, mas a dor emocional e espiritual foi ainda mais difícil de lidar.

 

Teve filhos?

 

As crianças do mundo inteiro são meus filhos. De qualquer forma, vivi primeiro em Cuba, depois me casei, me mudei para o Canadá e tive dois filhos. Agora sou cidadã canadense e representante da UNESCO.

 

O que você acha da guerra na Ucrânia?

 

É terrível, as mesmas coisas estão acontecendo novamente. A guerra apaga os sonhos das crianças. Gostaria de compartilhar minha história para servir de lição.

 

Um desejo?

 

Entregar uma cópia desta minha foto ao Papa Francisco, espero que aconteça logo.

 

Nick Ut, segurando sua foto vencedora do Prêmio Pulitzer, e Kim Phúc Pahn Thi, na Audiência Geral de quarta-feira.
(Foto: Vatican Media)

 


 

Nick Ut: “Larguei minhas câmeras para ajudá-la”

 

“Eu era um repórter vietnamita da Associated Press que acompanhava a guerra, com outros. Tínhamos uma dica de que haveria um bombardeio em Trang Bang, no Vietnã do Sul, uma pequena aldeia ocupada pelos norte-vietnamitas. Naquela manhã havia uma dúzia de operadores fotográficos e muitas fotos foram tiradas. Comecei a trabalhar em fotografia aos dezesseis anos, substituindo meu irmão, que havia sido morto”.

 

Eis a entrevista.

 

Vamos à foto.

 

Fiquei lá cerca de três horas documentando. A certa altura vi um soldado vietnamita lançar uma granada e depois vi os helicópteros sobre o pagode que lançaram duas bombas e, três minutos depois, as bombas de napalm. Então eu vi que da fumaça preta estavam saindo pessoas correndo. Uma dessas pessoas era a avó de Kim que carregava o corpo de seu primo de três anos. Tirei uma foto do menino que morreu três minutos depois. Então eu vi Kim aparecer e corria e me aproximei para tirar a foto. Quando tirei a foto pensei que todos teriam morrido.

 

E o que aconteceu?

 

Quando ela passou por mim, vi seu braço e costas machucados. Eu não tirei mais fotos dela porque pensei que ia morrer. Eu tinha quatro câmeras, larguei-as lá e corri com uma garrafa de água para borrifar no corpo dela; ela gritava: queima, queima. Mas ela queria beber. Fiquei com um cara da BBC para ajudá-la. Eu tinha uma van, a abri e fiz subir as crianças. Peguei Kim no colo e a coloquei na van. Estavam gritando e todo mundo estava dizendo que estavam morrendo e ela perguntava pelo seu irmão.

 

E depois?

 

Chegamos a um pequeno hospital em 30 minutos. Pedi aos médicos que a ajudassem, mas eles não tinham remédios suficientes. Eles me ajudaram a levá-la para Saigon.

 

A foto?

 

Fui à Associated Press em Saigon e dez minutos depois foi revelada. Na manhã seguinte, voltamos para a aldeia e vimos uma mulher e seu marido procurando a filha. Mostrei-lhes a foto e disse a eles que a tinha levado ao hospital.

 

No ano seguinte, você ganhou o Pulitzer, e depois?

 

Voltei para o vilarejo no dia em que Kim saiu do hospital e lhe dei de presente um livro.

 

Depois você se mudou para Los Angeles, também trabalhou para Hollywood, mas sempre apoiou as batalhas pelos direitos humanos. O que uma foto poderia fazer pela guerra na Ucrânia?

 

Até uma foto pode ajudar. Conversei muito com refugiados ucranianos em Los Angeles, que me pediram para ir. Eles gostariam que eu também visse esta guerra e tirasse fotos.

 

Leia mais

 

  • A foto do menino Aylan e o poder das imagens
  • "As fotos da dor alheia são uma dívida ética"
  • Vietnã & um século de ensino católico sobre guerra e paz
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